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Estou de volta para a última resenha do ano! Dessa vez sobre uma série que deu o que falar na internet, o grande lançamento da Netflix: Jessica Jones. Como não li os quadrinhos, falarei puramente sobre a série.

Título original: Marvel's Jessica Jones

Criado por: Melissa Rosenberg

Elenco: Krysten Ritter, David Tennant, Mike Colter.

País: EUA

Gênero: Drama, Fantasia, Policial

Número de episódios: 13

Nota: 4.5/5

Sinopse: Desde que sua curta vida como super-heroína acabou de forma trágica, Jessica Jones (Krysten Ritter) vem reconstruindo sua carreira e passou a levar a vida como detetive particular no bairro de Hell's Kitchen, em Nova York, na sua própria agência de investigações, a Alias Investigations. Traumatizada por eventos anteriores de sua vida, ela sofre de Transtorno de Estresse Pós-Traumático, e tenta fazer com que seus super-poderes passem despercebidos pelos seus clientes. Mas, mesmo tentando fugir do passado, seus demônios particulares vão voltar a perseguí-la, na figura de Zebediah Kilgrave (David Tennant), um obsessivo vilão que fará de tudo para chamar a atenção de Jessica.

Depois da parceria com a Marvel que resultou no sucesso de Daredevil, em novembro a Netflix disponibilizou os 13 episódios de Jessica Jones, que tem como protagonista uma heroína que foge do habitual. Jessica é uma mulher forte, irônica e durona que leva a vida tentando ao máximo se livrar dos seus fantasmas do seu passado.

Jessica Jones me representa! \o/

Em um dos seus casos, Jessica percebe que há uma ligação entre o seu passado e uma garota desaparecida. Kilgrave. O vilão da estória. Ele tem o poder de controlar mentes, sendo responsável pelas cenas mais insanas possíveis, muitas delas nem consegui assistir... Pesado. O cara simplesmente sai por aí arruinando vidas em seu benefício próprio. Além de tudo, ele é egocêntrico e consegue passar por várias situações sem nenhum empecilho e usa a sua inteligência para o mal. Jessica foi uma vítima dele e o mesmo é obcecado por ela, usando pessoas para perseguí-la e tirar a sua paz.

Um ponto super positivo foi o Woman Power! Jessica enfrentou muitos adversários sozinha. As cenas de luta foram fantásticas. Ela foge completamente do padrão de comportamento feminino: flerta mesmo, faz sexo com quem e quando quer, bebe quando está afim, sendo então a imagem da mulher independente e decidida. As feministas agradecem. Não só ela, como a sua fiel amiga Patsy "Trish" Walker, que mesmo sem nenhum poder se arrisca para ajudá-la em todos os momentos. A sororidade entre as duas é extremamente forte.

Jessica vive um romance com Luke Cage, o homem da pele impermeável e também um futuro membro da equipe de heróis de Hell's Kitchen Os Defensores, juntamente com Daredevil e Iron Fist, que em breve ganhará uma série de 8 episódios.

A série aborda temas fortes como o aborto e o estupro - ambos ligados ao monstruoso Kilgrave - fazendo uma explícita crítica aos relacionamentos abusivos nos quais as mulheres são iludidas e ficam completamente à mercê dos seus parceiros; sofrem abuso físico e psicológico e na maioria das vezes tem medo de fazer a denúncia. Mais um ponto para Jessica Jones! Precisamos falar sobre abuso sim!

Por ser uma adaptação, obviamente mudanças ocorrem. "Killgrave" foi suavizado para "Kilgrave", sendo Kevin Thompson o seu verdadeiro nome na série. A melhor amiga da Jessica nos quadrinhos é a Carol Danvers, a Capitã Marvel, e não a Patsy Walker, que mais tarde se torna a Hellcat. Foi preservado o tom púrpura da pele e dos cabelos do Kilgrave dos quadrinhos nos pôsteres e na abertura da série.

Jessica Jones recebeu a nota 8,5/10 no IMDb. Para mais informações da série acesse a página clicando aqui.

Há muito tenho percebido pelas calçadas, em músicas, sets clínicos terapêuticos, encontros corriqueiros nos elevadores, e em tantos outros lugares possíveis, a perene narrativa de ter alguém ao lado. Numa dimensão mais etérea, não fomos ensinados a lidar única e exclusivamente com nossa própria companhia.

O ser humano, in fact, é um sujeito de relações, de interações. Mas desde quando o ideal de amor passou a ser ferramenta de mortes em séries? Antes, porém, um aspecto particular merece atenção: a construção do amor romântico. Aquele amor que te encontra na fila do pão enquanto você está despretensiosamente no aguardo do seu alimento matinal light- afinal, a dieta faz parte do processo de conquista e inscrição no mundo do amor romântico-, você acidentalmente cruza seu olhar com o da outra pessoa e **pluf**, ele(a) vai sorrir pra você, vai te convidar pra dar uma volta na praia, ou até mesmo um cinema, talvez um café.

Mas o que você não sabe- ou finge não saber é que eventos como esses são mais do que esporádicos, são idealizados num contexto muito específico de venda de romance- sim, o romance rende milhões( a dramaturgia que o diga)-, então, quando você se dá conta de que está by yourself, por sua conta, sem um convite para uma volta na praia, sem uma sessão boba de cinema, ou sequer um café, você se sente frustrado(a), sozinho(a), marginalizado(a), flopado(a). Então você decide que já chega, que não mais vale a pena existir- até mesmo porque viver não faz parte da sua rotina faz tempo, não é?-, mas algo lá no fundinho do seu miocárdio (muita pretensão chamar de coração a essa altura) lhe diz: “ ei, eu sei que estamos à sós, sei que está doendo pra caramba… as vezes a respiração falha, não é? Mas olha como sorrimos ontem, podemos tentar a sorte de sorrir logo mais, quem sabe…). e aí você consegue se reerguer, minimamente que seja- but it’s not enough yet.

De repente um pensamento dilacerante te assalta e faz pensar: “E se eu não conseguir alguém? E se eu não tiver um boyzinho na faculdade? E se…?” Honey, não deixa essa ilusão assassina do amor romântico utópico nublar suas outras paixões. Sim, você tem e pode ter várias outras paixões.

Mas quer que eu te puxe um pouco pra realidade? ( única maneira de superar os amores mal vividos). Vem cá, segura na minha mão, chega pertinho, olha pra mim e responde pra si mesmo(a): você é tão obcecado(a) em achar alguém que te ame porque você não consegue amar a si mesmo(a), não é?

O caminho clichê do amor próprio está te esperando pra fazer essa caminhada. Está disposto(a)? Because deeply I want you to do this, for real… for us. Don’t give up, just rest sometimes, but not too long. Actually, take your time, have a sit and put youself a coffee… while the love don’t comes.

Olá, Leitor.

Vamos fazer algo diferente. Hoje vamos falar sobre série, mas não qualquer série, vamos falar de How To Get Away With Muder. Acredito que muitos já ouviram falar... A série foi criada por Peter Nowalk e tem como produtora executiva Shonda Rhimes e distribuído pela ABC Studios. Antes de falar um pouco mais sobre HTGAWM vou colocar a sinopse do seriado para você conferir.

How to Get Away with Murder segue a vida pessoal e profissional de Annalise Keating, uma professora de Direito Penal da fictícia Universidade de Middleton, na Filadélfia, uma das mais prestigiadas Escolas de Advocacia na América. Uma advogada de defesa, Annalise seleciona um grupo dos seus melhores alunos em sua turma da universidade para trabalhar em seu escritório. São eles: Connor Walsh, Michaela Pratt, Asher Millstone, Laurel Castillo e Wes Gibbins.

Em sua vida pessoal, Annalise vive com seu marido Sam Keating, um renomado psicólogo, mas também vive um relacionamento às escondidas com Nate Lahey, um detetive local. Quando sua vida pessoal e profissional começar a entrar em colapso, Annalise e seus alunos se verão envolvidos, involuntariamente, em uma trama de assassinato.

Eu fiquei pensando em como explicar o quão boa é essa série, mas somente o fato de dizer que a protagonista principal é atuada pela ~~atual vencedora do Emmy de melhor atriz em séries dramáticas e uma das melhores atrizes que já conheci~~ Viola Davis já seria o suficiente. Uma série cheia de dramas e mistérios, alem de ter diversas revelações de atores não muito conhecidos e o queridinho de todos os fãs de Harry Potter, Alfie Enoch, que atua como Wes Gibbins.

HTGAWM foi uma série que me cativou de primeira. Cada episodio foca em um determinado cliente que Annalise, seu cinco alunos escolhidos e seus sócios precisam arranjar uma maneira de inocentar. Entretanto, o time de alunos (e, mais tarde, a própria professora) acaba se envolvendo em um caso de assassinato e precisa provar a própria inocência.

As cenas possuem um ritmo alucinante, se você não assistir algum episodio ou detalhes acaba se perdendo por ter uma narrativa fragmentada, ou seja, a narrativa é feita entre o passado e o presente do assassinato que é explicado aos poucos a cada episódio.

Como não pode deixar de lado, a série abordar diversas temáticas que vivemos no nosso cotidiano, mas de uma forma totalmente fora do clichê, como o racismo, homossexualismo, ou seja, é uma série totalmente sem tabu, tendo até cenas "intimas". É uma série incrível. Atualmente está na 2ª temporadas, e a 1ª temporada está disponivel na Netflix, caso queira assistir. No IMDb, How To Get Away With Muder está com a nota 8.3, caso queira conferir elencos, detalhes, notas ou técnicas só clicar aqui.

Sabe um livro que te faz ficar tipo:"WOW!"? Foi tipo isso. A Maldição do Tigre me fez ter um misto de sentimentos. Positivos e negativos. Escrito pela Colleen Houck, essa saga têm atraído os fãs de literatura fantástica que gostam de um romance fofo e muita aventura. Prontos para embarcar nessa história que mistura mitologia indiana com a vida real?

Título: A Maldição do Tigre

Título original: Tiger's Curse

Gênero: Romance/aventura

Autor (a): Colleen Houck

Editora: Arqueiro

Ano: 2011

Onde comprar: 01. 02. 03.

Nota: 5/5

Sinopse: Paixão. Destino. Lealdade. Você arriscaria tudo para salvar seu grande amor? Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço. Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.

A nossa protagonista Kelsey Hayes começa a trabalhar no circo com a função de cuidar dos animais, entre eles um único tigre branco de inteligentes olhos azuis a faz sentir uma estranha conexão. Toda noite ela se dedica a ler poesias pra ele e desenhá-lo, conseguindo até tocá-lo se surpreendendo com sua coragem. Sabendo que seu nome era Dhiren, ela o apelida de Ren. Até que um dia aparece um senhor indiano chamado Sr. Kadam, que se oferece para comprar o Ren e faz questão de levar a Kelsey para que ela possa cuidar do tigre numa suposta reserva. O que Kelsey não sabe é que, na verdade, ela é a protegida da deusa Durga e tem a missão de livrar Ren da maldição lançada nele há mais de 300 anos atrás por algum motivo. Juntos, Sr. Kadam, Ren e Kelsey embarcam para a Índia rumo a uma aventura de tirar o fôlego.

(…) Quando a jaula do tigre passou diante de mim, tive uma vontade súbita de acariciar-lhe a cabeça e confortá-lo. Eu não sabia se tigres eram capazes de demonstrar emoções, mas tive a impressão de poder perceber seu estado de espírito. Parecia melancólico.

Avançando um pouco na história, Kelsey se encontra sozinha no meio da selva acompanhada apenas por Ren quando descobre todo o segredo por trás daquele enorme e belo animal peludo. Inclusive o fato dele poder se transformar em humano de novo por apenas 24 minutos por dia, assim convivendo mais com a parte tigre dele, o que Kelsey adora, fazendo com que ela se sinta um pouco "desajustada" com seu lado homem.

Virando-me lentamente, deparei com um rapaz bonito de pé bem à minha frente. Parecia jovem, com 20 e poucos anos. Era uns 30 centímetros mais alto do que eu e tinha o corpo forte e esbelto, vestido em roupas largas de algodão branco. (...) Seus olhos eram o que mais chamava a atenção. Aqueles eram os olhos do meu tigre, o mesmo tom cobalto profundo.

Ren - o homem - tem uma personalidade magnífica. Muito protetor, faz de tudo para que Kelsey esteja em segurança enquanto enfrenta as criaturas místicas e assustadoras que encontramos nessa aventura. Ele é educado, sedutor e paciente. É literalmente um príncipe e tem um humor incrível. Aquele mocinho clichê de romances, mas com o diferencial de ser um belíssimo indiano de pele morena contrastando com seus olhos azuis cobalto que gosta de escrever poesias fofas para a sua amada. Foi fácil ele se tornar um dos meus personagens preferidos!

Em meados da história temos a breve aparição de Kishan, o irmão de Ren, que também foi amaldiçoado e transformado num tigre preto de olhos dourados. Ele prefere viver na sua solidão, correndo pelas florestas sem rumo, sem esperanças de voltar ao normal. Ele é rebelde e brincalhão e logo se mostra atraído por Kelsey. Sua participação nesse primeiro livro é breve, mas isso muda nos seguintes.

Kelsey é uma garota um tanto complicada. Possui a insegurança e a indecisão que a maioria das jovens de sua idade tem, mas isso em excesso não é nem um pouco legal. Ela se vê completamente apaixonada pelo Ren, mas não acha certo ficar com ele por se achar inferior. Kelsey teima que ele deveria se relacionar com uma mulher rica e absurdamente linda e não com uma garota comum como ela, não percebendo o quando fere o coração do nosso príncipe-tigre quando diz tais palavras, o que me fez sentir muita raiva dela.

- Garotas precisam ser arrebatadas – balbuciei – e pedir permissão é tão... tão... antiquado. Não é espontâneo. Não combina com paixão. Se você tem que pedir, então a resposta é... não.

Resposta da Kelsey após o Ren ter pedido sua permissão para um beijo. O que essa garota tem na cabeça?

Os personagens são extremamente cativantes e logo nos sentimos arrebatados por eles. As cenas de aventura são muito bem elaboradas e nos fazem ficar boquiabertos. As cenas de romance são fofas, sem serem cansativas. Com direto até a cenas um pouco quentes! Mas claro que nada exagerado. A saga é uma ótima escolha para quem custe o duo aventura + romance. Você sente como se estivesse na estória, é incrível!

A Saga do Tigre é composta por 5 livros. São eles:

♥ A Maldição do Tigre;

♥ O Resgate do Tigre;

♥ A Viagem do Tigre;

♥ O Destino do Tigre;

♥ O Sonho do Tigre (ainda sem capa e com previsão de lançamento para 2017)

Ps.1: Em 2014, foi lançado um prequel intitulado "A Promessa do Tigre" contando a estória de uma personagem importante envolvendo os dois tigres muito antes da Kelsey vir ao mundo.

Ps.2: Vem filme por aí! Já tem diretor e segundo a autora, o elenco está próximo de ser revelado. Ainda sem previsão de estreia.

* Resenha originalmente postada por mim no blog Nada Terráquea, com algumas modificações.

Conto macabro. Uma celebração ao mês do terror e claro bem escrito. Bem criativo.

Autor: Christopher Davis

"Uma senhorinha, trajada com vestes brancas e um cordão prata na cintura, adentrou em uma gruta de Bom Jesus da Lapa, na Bahia. Logo de cara, encontrou muitas estalactites e pouquíssimas estalagmites (o que permitia andar de pés descalços mais facilmente). Após caminhar dez minutos dentro da gruta, ela se deparou com uma formação rochosa que se assemelhava a um bolo de casamento.

Tirou a bolsa vermelha que carregava e colocou no chão. Inspirou profundamente com os olhos fechados e as mãos espalmadas apontando para cima da gruta. Neste momento de pura concentração e silêncio inquietantes, a dama de branco pisa com o pé direito no chão da gruta com toda a sua força. Tal perturbação assustou algumas estalactites e uma que estava a um palmo, mas à frente da senhora, cai e se fixa no chão.

Areia começa a sair deste buraco e, logo em seguida, a luz do sol penetra naquele local de penumbra, com enfoque especial na estalactite. Esta, por sua vez, é oca e bem esbranquiçada. A mulher sai da sua posição e vai em direção à bolsa vermelha, retirando algumas ervas e uma flor que aparentava ser lavanda. Colocou tudo isso dentro da estalactite que ficara presa ao chão e ateou fogo na mistura de ervas. Em questão de minutos, a gruta estava preenchida com fumaça. Não era aquelas com um cheiro forte de carvão, mas um toque doce e agradável de lavanda. Além de permitir um efeito Tyndall interessante devido à luz do sol que por ele entrava, o buraco sobre a senhora permitia que parte da fumaça saísse para que ela não se sufocasse. Algum tempo depois, partes do bolo de casamento começaram a trincar, revelando algumas gemas preciosas ainda brutas. Vermelho, dourado, transparente, verde, azul turquesa, azul naval, rosa... Diversas cores. A senhora tira o cordão e coloca-o dentro da estalactite caída, segurando-o pela ponta. O cordão, que antes era mole, começa enegrecer e tomar forma. Ele se parte, sobrando, na mão da mulher, um bastão negro com uma ponta prateada que se assemelha a uma varinha. Ela observa qual o caminho dentro da gruta que a fumaça percorre e utiliza da sua varinha recém-criada para segui-la formando, depois de um tempo, um fio tênue da cor da lavanda. Ela, a senhora, lança, com o auxílio da varinha, este fio na direção do bolo de casamento. Ele começa a circundar gema por gema, até que todas estejam conectadas por intermédio do fio de fumaça. A cena é bela. Os cristais trincam e as partes que estão à mostra caem e rolam aos pés da senhorinha. De dentro deles, belas criaturas da coloração de seus respectivos cristais aparecem. Batem suas delicadas asas em direção à senhorinha cujos olhos brilham demonstrando encanto. As fadas envolvem-na e seus brilhos se destacam ainda mais na vestimenta branca. Uma fada branca força as duas mãos no globo ocular da mulher. Simultaneamente, outra fada faz o mesmo no outro olho. O conjunto de fadas que antes envolviam afavelmente a humana agora trabalham como vespas em uma vítima: mordendo e fazendo-a sangrar. A fumaça toma a cabeça, impedindo a senhora de respirar com facilidade. Sangue sai pelos olhos e pelos arranhões e mordidas das fadas.

A senhora tomba ao chão, morta.

Olá!
Trago hoje um conto. Para iniciar os mês de terror e tal, e um conto que é meu estilo de escrita. ~~Algo mórbido sem ser vulgar!~~
Espero que gostem... ^^

Ela roía a unha do dedo indicador.

Roía e cuspia a unha.

Roía e cuspia a cutícula.

A luz da TV iluminava seus óculos de descanso e a sala escura onde ela se encontrava. Apenas ela e a TV.

Suspirou.

A barriga roncou. Ela estava com fome fazia algum tempo. Algumas horas. Quando a barriga roncava era um sinal, e a deixava com um sorriso no rosto.

Parou de roer a unha, pegou o elástico que estava na mesa de centro e amarrou o cabelo loiro, grande e ondulado, em um coque alto na cabeça.

A barriga roncou novamente. Ela sorriu.

Levantou do sofá e foi para a cozinha. Parou em frente à geladeira e olhou fixamente para o grande objeto branco na sua frente. O coração estava acelerado. Foi em direção a ela, tocou no objeto frio. Balançou a cabeça. Deu às costas para a geladeira e subiu as escadas rumo ao quarto.

Tomou banho. Ficou o mais limpa possível.

Quando saiu do banheiro, se olhou no espelho. Estava em forma, magra e elegante, como sempre fora. Usava uma roupa leve.

Desceu as escadas. Entrou na cozinha e olhou para a geladeira. Abriu-a. A barriga roncou novamente. Procurou por algo, mas não encontrou o que queria. Pegou uma caixa de leite e colocou na bancada.

- Onde está a carne...? – disse consigo mesma.

Continuou a vasculhar. Não encontrou o que procurava.

Pegou um copo, encheu-o de leite e bebeu. Limpou o bigode, que se formou em seu rosto, com o dorso da mão.

Abriu uma das gavetas da cozinha e encontrou um cutelo. Colocou-o no bolso da calça, o cabo a mostra. Passou a mão no cabelo e foi em direção à porta do porão.

A barriga roncou e ela sorriu.

Abriu a porta e acendeu a luz. Desceu as escadas.

O porão não era grande, mas era alto. Estava praticamente vazio, havia apenas algumas caixas em um dos cantos. O local possuía um cheiro estranho, uma mistura de gente suja e suor. Embaixo da lâmpada havia três homens amarrados e sonolentos, estavam com roupas sujas e rasgadas.

- Mendigos de merda, acordem! – gritou ela.

Os mendigos despertaram atordoados, sem saber onde estavam. Sonolentos.

- Acordem! – gritou novamente, dando um chute em um dos homens, que gemeu de dor. – Vamos ver quem será o primeiro... E acabar logo com isso.

Ela fechou os olhos e apontou a esmo para os três homens.

Abriu os olhos. Os homens choravam e gemiam, não conseguiam falar. Ela pegou o cutelo que estava em seu bolso e andou para perto do escolhido. Segurou-o pelo cabelo sujo e colocou a faca no pescoço do mendigo.

A barriga roncou. Ela salivava. Ela sorria.

- Vamos acabar com isso, estou com fome.

Olá! Estou de volta trazendo uma resenha de um livro lindíssimo que li já faz algum tempo: o primeiro romance do John Green - e meu primeiro do autor - "Quem é você, Alasca?", livro já bastante conhecido pelos bookaholics! Espero que gostem ;)

Título: Quem é você, Alasca?

Título original: Looking for Alaska

Gênero: Romance/drama

Autor (a): John Green

Editora: WMF Martins Fontes

Ano: 2013

Onde compro? 01. 02. 03.
Nota: 5/5

Sinopse: Quem é Você, Alasca? - Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez".

"Quem é você, Alasca?" foi um livro que me surpreendeu de forma muito positiva. Por ser considerado "modinha", já rola aquele preconceito, o medo de ser superestimado. Mas felizmente isso não aconteceu. Por já saber do que se tratava, pensei que seria uma trama sobrecarregada de drama e tristeza, mas foi um livro bastante leve e divertido.

Alasca é uma personagem diferente do habitual. Ela é louca, dissimulada, bipolar e muito chorona. Ela simplesmente tem suas crises de choro, mas sem nenhum motivo aparente. Ela é um mistério para os seus próprios amigos por causa da sua personalidade instável e ao mesmo tempo unica. Muito sedutora, tarada, enigmática e imprevisível, ela chama a atenção de todos, deixando o protagonista Miles Halter perdidamente apaixonado logo na primeira vez que ele a vê. Alasca não é aquela moça tímida, sem graça e que inexplicavelmente encanta o cara mais bonito e popular da escola. E nesse livro aconteceu o contrário! É disso que eu gosto. Do inesperado, de uma forma boa, é claro!

Miles (ou Gordo, como ficou conhecido) é o típico nerd desajeitado. Leitor voraz e fascinado por últimas palavras, queria loucamente uma reviravolta na sua vida entediante em busca do seu "grande talvez". E foi o que conseguiu ao lado de Alasca, Chip (Coronel), Takumi e Lara ao se mudar para o colégio interno Culver Creek. Caidinho pela Alasca, ele a ajuda em todas as maluquices que ela faz. Miles meio que perde um pouco da sua personalidade para impressionar e se enturmar mais fácil, mas talvez isso tenha sido necessário para o crescimento dele.

Um livro intenso e real sobre jovens que só estão começando a vida, provando de tudo, excedendo os limites, aprontando com os colegas riquinhos e arrogantes, enlouquecendo o Águia com suas travessuras, fumando e bebendo demasiadamente e tendo as suas primeiras experiências sexuais. A obra aborda a importância da amizade verdadeira e o quão longe uma atitude impensada pode chegar juntamente com suas consequências desastrosas. Estória envolvente do começo ao fim, leitura que flui numa facilidade encantadora promovendo uma reflexão sobre a vida.

E Alasca continua sendo uma incógnita... O que faz todo o sentido com o título. O final deixa um vazio, mas ao mesmo tempo é de uma beleza incrível. John Green é um ótimo escritor. Ele soube como montar uma estória intrigante, sem ser cansativo em nenhum momento, sem cenas "de encher linguiça", o que é ótimo.

As mais variadas capas de "Quem é você, Alasca?" pela WMF Martins Fontes e Intrínseca.

Já espero ansiosamente pela adaptação que está confirmada e está em andamento. Quem ainda não leu, não perca mais tempo! LEIA! É uma leitura para a vida! <3

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Série: Jessica Jones

O amor como pêndulo entre a existência e a vida. Um sentimento ambivalente de angústia e prazer.

Conto: Só Mais um Hipócrita

Série: How To Get Away With Murder

"A Maldição do Tigre" (A Saga do Tigre #1) de Colleen Houck

Conto: Sobre Contos de Fadas

Conto: Fome

Conto: The Way You Look Tonight

Conto: Guardei

"Quem é você, Alasca?" de John Green