Archive for setembro 2015

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Olá! Estou de volta trazendo uma resenha de um livro lindíssimo que li já faz algum tempo: o primeiro romance do John Green - e meu primeiro do autor - "Quem é você, Alasca?", livro já bastante conhecido pelos bookaholics! Espero que gostem ;)

Título: Quem é você, Alasca?

Título original: Looking for Alaska

Gênero: Romance/drama

Autor (a): John Green

Editora: WMF Martins Fontes

Ano: 2013

Onde compro? 01. 02. 03.
Nota: 5/5

Sinopse: Quem é Você, Alasca? - Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez".

"Quem é você, Alasca?" foi um livro que me surpreendeu de forma muito positiva. Por ser considerado "modinha", já rola aquele preconceito, o medo de ser superestimado. Mas felizmente isso não aconteceu. Por já saber do que se tratava, pensei que seria uma trama sobrecarregada de drama e tristeza, mas foi um livro bastante leve e divertido.

Alasca é uma personagem diferente do habitual. Ela é louca, dissimulada, bipolar e muito chorona. Ela simplesmente tem suas crises de choro, mas sem nenhum motivo aparente. Ela é um mistério para os seus próprios amigos por causa da sua personalidade instável e ao mesmo tempo unica. Muito sedutora, tarada, enigmática e imprevisível, ela chama a atenção de todos, deixando o protagonista Miles Halter perdidamente apaixonado logo na primeira vez que ele a vê. Alasca não é aquela moça tímida, sem graça e que inexplicavelmente encanta o cara mais bonito e popular da escola. E nesse livro aconteceu o contrário! É disso que eu gosto. Do inesperado, de uma forma boa, é claro!

Miles (ou Gordo, como ficou conhecido) é o típico nerd desajeitado. Leitor voraz e fascinado por últimas palavras, queria loucamente uma reviravolta na sua vida entediante em busca do seu "grande talvez". E foi o que conseguiu ao lado de Alasca, Chip (Coronel), Takumi e Lara ao se mudar para o colégio interno Culver Creek. Caidinho pela Alasca, ele a ajuda em todas as maluquices que ela faz. Miles meio que perde um pouco da sua personalidade para impressionar e se enturmar mais fácil, mas talvez isso tenha sido necessário para o crescimento dele.

Um livro intenso e real sobre jovens que só estão começando a vida, provando de tudo, excedendo os limites, aprontando com os colegas riquinhos e arrogantes, enlouquecendo o Águia com suas travessuras, fumando e bebendo demasiadamente e tendo as suas primeiras experiências sexuais. A obra aborda a importância da amizade verdadeira e o quão longe uma atitude impensada pode chegar juntamente com suas consequências desastrosas. Estória envolvente do começo ao fim, leitura que flui numa facilidade encantadora promovendo uma reflexão sobre a vida.

E Alasca continua sendo uma incógnita... O que faz todo o sentido com o título. O final deixa um vazio, mas ao mesmo tempo é de uma beleza incrível. John Green é um ótimo escritor. Ele soube como montar uma estória intrigante, sem ser cansativo em nenhum momento, sem cenas "de encher linguiça", o que é ótimo.

As mais variadas capas de "Quem é você, Alasca?" pela WMF Martins Fontes e Intrínseca.

Já espero ansiosamente pela adaptação que está confirmada e está em andamento. Quem ainda não leu, não perca mais tempo! LEIA! É uma leitura para a vida! <3

Hey guys! Segunda resenha aqui do blog! Dessa vez, o chick-lit mais recente da Carina Rissi "No Mundo na Luna" que dividiu opiniões.

Título: No Mundo da Luna

Gênero: Romance/chick-lit

Autor (a): Carina Rissi

Editora: Verus

Ano: 2015

Onde compro? 01. 02. 03.
Nota: 2/5

Sinopse: A vida de Luna está uma bagunça! O namorado a traiu com a vizinha, seu carro passa mais tempo na oficina do que com ela e seu chefe vive trocando seu nome. Recém-formada em jornalismo, ela trabalha como recepcionista na renomada Fatos&Furos. Mas, em tempos de internet e notícias instantâneas, a revista enfrenta problemas e o quadro de jornalistas diminuiu drasticamente. É assim que a coluna do horóscopo semanal cai no colo dela. Embora não tenha a menor ideia de como fazer um mapa astral e não acredite em nenhum tipo de magia, Luna aceita o desafio sem pestanejar. Afinal, quão complicado pode ser criar um texto em que ninguém presta atenção?Mas a garota nem desconfia dos perigos que a aguardam e, entre muitas confusões, surge uma indesejada, porém irresistível paixão que vai abalar o seu mundo. O romance perfeito — não fosse com o homem errado. Sem saída, Luna terá que lutar com todas as forças contra a magia mais poderosa de todas, que até então ela desconhecia: o amor.Com seu estilo ágil e fluido, Carina Rissi criou em No mundo da Luna uma leitura viciante, permeada de humor, magia e paixão, que vai conquistar você do início ao fim.

Mal consigo acreditar que consegui terminar de ler esse livro! Ufa! Foi o livro mais cansativo que eu já li, sem dúvidas. E olha que eu gosto muito da escrita da Carina Rissi. Ela é uma fofa e sabe como bolar uma boa estória... O que aconteceu? Gostaria de saber.

"Um livro que envolve uma jovem jornalista e a magia da cultura cigana." Pronto! Chamou a minha atenção. Então comprei logo na semana de lançamento e comecei a ler com muito entusiasmo, mas como a leitura não estava fluindo, então dei um tempo. Tipo, meses. Não acontecia muita coisa na estória, e isso me chateou porque coloquei muita expectativa nesse livro. Pensei que a autora iria compensar "Encontrada" por ter sido um livro bem morninho, enquanto seu antecessor e meu preferido, "Perdida" foi um livro maravilhoso, logo imaginei que "No Mundo da Luna" seguiria essa linha, mas me enganei feio.

- Sua magia é forte. Use-a com sabedoria e nunca em benefício próprio. As cartas não permitem. [...] Eu quase dei risada. Magia em mim? Que ridículo. Nunca houve nada mágico em mim.

A cultura cigana foi praticamente ignorada por muitas e muitas páginas que praticamente se resumiam ao cotidiano da Luna, que mantinha um caso com o chefe que "odiava", o Dante. Eles começaram a se envolver quando se encontraram por acaso num hotel, quando a Luna levou um bolo do Viny, que também trabalha na Fatos & Furos. Como o Dante tinha acabado de terminar um relacionamento, os dois resolveram afogar as mágoas na bebida juntos. Eis que no outro dia, a nossa protagonista atrapalhada acordava na cama do quarto de Dante com o mesmo do jeito que veio ao mundo ao seu lado. E ela não lembrava de nada.

Okay. ¯\_(ツ)_/¯

Dante é o editor-chefe da Fatos & Furos, descrito como um nerd desajeitado e mandão. Ele resolve passar um tempo na casa da irmã que saiu de férias com o namorado, já que ele foi expulso da sua própria casa pela sua ex-namorada, uma modelo famosa chamada Alexia, que ainda não o deixou levar seu cachorro. Percebam a "coincidência": Quem morava no apartamento que ficava logo em frente? Isso mesmo, a Luna! E assim veio uma sucessão de acontecimentos desnecessários e beeem prolongados, incluindo brigas sem motivo, mimimi da Luna, estresse do Dante, sem contar nas várias vezes em que eles copularam e a Luna se arrependia logo em seguida e negava os seus sentimentos que estavam mais do que claros.

amigadaleitora.com

Luna sonha em ser uma jornalista renomada, mas enquanto isso não acontecia, foi concedido a ela o horóscopo da revista. Ela negava a sua origem cigana e não entendia nada sobre astrologia, então resolveu comprar um baralho cigano e fazer suas previsões a partir do que havia aprendido pesquisando. Sob o pseudônimo de Cigana Clara, ela começou a fazer sucesso. Uma das poucas partes do livro que me agradou. A Luna escrevia sobre cada signo de forma bastante divertida!

A avó da Luna, - que é cigana - uma personagem interessante e que sempre sabia o que dizer, merecia uma maior participação durante a trama. Ela foi a responsável por vários momentos divertidos do livro, e era decepcionante para ela o fato da sua neta ser totalmente indiferente à sua cultura. Outra personagem que achei bem legal foi a Sabrina, amiga da Luna e com quem também dividia o apartamento. Uma amiga fiel, perdidamente apaixonada por seu namorado e de certa forma, muito ingênua.

Uma coisa que me irritou muito foi o endeusamento que a Luna fazia do Dante. Ela não podia ficar um segundo próxima a ele sem pensar em seus atributos físicos e em agarrá-lo em qualquer lugar... Achei isso muito chato e repetitivo. Nunca vi uma protagonista tão chata e incoerente. Nada fofa, como foi a intenção da autora. Teria muita coisa para desenvolver além dessa lenga-lenga do casal, como por exemplo, as pessoas da equipe da revista. Para eles foi atribuída muito pouca personalidade e eu mal conseguia diferenciá-los...

Não gosto de ler um livro ansiando terminá-lo o mais rápido possível e essas 476 páginas me deixaram absurdamente entediada. A estória caberia perfeitamente em 300 páginas ou até menos. Mas em contrapartida, "No Mundo da Luna" agradou uma boa parte do público pelo seu romantismo clichê. É tudo questão de gosto!

“Seus sussurros baixos ‘me ame, me ame’

Isso é tudo que eu peço ‘me ame, me ame’

Ele bateu seus pequenos punhos para sentir alguma coisa

Queria saber qual é a sensação de tocar e sentir algo.”

Monster - Meg & Dia

No meio da noite deitada em sua cama em um sono leve, Suzana escuta uma pequena pedra bater em sua janela. Ela se assusta de inicio, mas logo já imagina quem seja. Sai da sua cama e olha pela janela, observa o Adam subindo as escadas de emergência, ele fica parado na janela do quarto, mas Suzane não o deixou entrar.

- Eu disse para você não vir, tudo acabou entre nós. – ela sussurra para Adam.

- Eu te amo, nunca vou abandonar você. – ele disse um pouco alto demais, o que a fez ficar preocupada de os pais dela ouvirem, mas depois lembra que eles estão viajando.

- Você é um assassino, matou meu irmão, o mínimo que você pode fazer é se afastar de mim antes que eu conte a policia. – ela falou chorando e cuspindo as palavras com nojo.

- Foi há anos atrás, Suzane. Eu era apenas um garoto, você nem era nascida ainda, eu e ele tínhamos apenas cinco anos... – depois Adam sussurrou para si mesmo como se não fosse para Suzane ouvir – se não fosse aquele maldito diário que meu medico mandou escrever, você nem teria descoberto.

...

QuErIdO bOsTa De DiÁrIo.

mAs UmA vEz EsCrEvO, pOrQuE NãO tEnHo EsCoLhAs. Ou Eu ToMo ReMéDiO e Me CoMpOrTo CoMo UmA bAbAcA eScReVeNdO iSsO, oU vOlTo A sEr iNtErNaDo NaQuElA MaLdItA cLiNiCa. MaS a ViDa É tÃo HiLáRiA, qUe mE aPaIxOnEi PeLa IrMã Do GaRoTo QuE mAtEi AsFiXiAdO cOm TrAvEsSeIrO eM Um AcAmPaMeNtO nA mInHa CaSa, PoR rAiVa, ElE nÃo Me EmPrEsToU o BoNeCo HoMemM-aRaNhA dElE. e AgOrA sOu ChAmAdO dE lOuCo, MaS eLa NãO pOdE sAbEr, ElA nUnCa PoDe SaBeR. eA a AmO.

...

- Psiquiatra. – ela perdeu o controle, gritando tentou bater no rosto dele – VOCÊ É LOUCO!

- Eu melhorei, por favor... – ele diminuiu a voz, segurando os braços dela meio forte. – acredite em mim.

- Me largue, você está me machucando! – ela disse em meio a soluços e lagrimas tentando se soltar.

- Eu só quero apenas que você me ame. – ele larga os braços dela e senta na escada, ela vê que o Adam começa a chorar. Ela relaxa um pouco, olha para ele e por alguns segundos Suzane sente pena dele, até que o jovem de solavanco entra em sua casa, a empurra violentamente para cama e tenta beija-la. A garota começa a tentar gritar, mas ele tapa a boca dela com a mão direita. – Eu não queria fazer isso, eu juro... – Ele tira a arma da sua jaqueta de couro com a mão livre e aponta a arma para a cabeça da Suzane. – Mas ninguém pode saber. – Os olhos de Adam estão vermelhos do choro, sua mão que segura a arma começa a tremer. – NINGUÉM PODE SABER! – ele larga a arma e Suzane consegue se soltar, dá um chute na barriga do garoto. Ela corre desesperada, se tranca no banheiro. Adam vem logo atrás, começa a bater na porta.

- SUZANE, ABRE A PORTA! – ele grita e força a porta para abrir. Não tem como ela escapar, Adam consegue arrombar a porta, ela grita, mas sabe que é em vão.

- MONSTRO! – ela grita e cospe nele, olha para a mão esquerda dele, ele segura a arma bem firme dessa vez.

- Como eu deveria me sentir ao ser insultado dessa maneira? Fui chamado muito disso na minha infância. – Ele dá um sorriso triste, olha para arma, Suzane se encosta-se à parede, sem ter pra onde ir. – Quando eu disse que te amo, eu falei a verdade, e eu quero que você me ame. – Ela não responde, apenas chora. Adam destrava a arma, aponta o gatilho nela, Suzane fecha os olhos. - Adeus, Suzane. – Adam muda a direção da arma e coloca a mesma na própria boca.

Ele atira em si mesmo e cai morto aos pés de Suzane.

Conto: Surpresa e compreensão

Para a minha primeira postagem escrevi um conto com um assunto muitas vezes debatido mais que sempre deve ser lembrado para que ninguém se esqueça.

Ela era tímida, na verdade mais do que isso, problemas com o próprio corpo, medo de falar na hora errada, as coisas erradas, fazer as coisas erradas, errar,errar e errar e nunca se encaixar, esses problemas infelizmente tão comuns que nos permitem pensar, erroneamente, que talvez algumas pessoas merecem mais a felicidade do que nós mesmos tornaram – lhe uma pessoa retraída, quieta, que falava pouco e observava muito.

Mas como diz o ditado há males que vêm para o bem e talvez se ela não fosse tão atenta ao que acontecia a sua volta ela perderia a oportunidade de ter pelo menos um vislumbre da realidade, sim, provavelmente ela só era atenta pelos vários problemas que tinha em relação a si mesma, mais graças ao conjunto de qualidades e defeitos que moldaram a sua personalidade ela pôde entender e superar seus problemas, não de forma instantânea, mais o suficiente para que no futuro ela soubesse que todos tem o seu lugar ao sol.

Parecia um dia comum como todos os outros, exceto pela falta do professor que poucos minutos antes avisou ao colégio que não iria poder comparecer a aula daquele dia, tarde demais para arranjar um substituto, os alunos deveriam continuar na sala, ordens da direção, sendo vigiados apenas pelo monitor que a cada cinco minutos aparecia para se certificar que não tinham destruído nada.

Sozinhos ali eles não tinham muito que fazer a não ser procurar formas alternativas de se divertir, qualquer coisa servia, desde que não exigisse um grande espaço e grandes movimentos, os tão famosos grupinhos se formaram, mas naquele dia os meninos queriam se unir e fazer uma brincadeira que para eles não era nada, para algumas garotas também não seria, até mesmo para os professores seria insignificante, mas de verdade só poderia ser descrita de uma forma: Cruel.

Eles queriam saber qual era a garota mais FEIA da sala e todos eles escreveram a sua opinião, a folha de papel é claro chegou as mãos das meninas, sendo assim as suas mãos, e então ela viu que o nome que estava escrito ali não era o seu nome como temeu que acontecesse e sim da garota mais bonita da sala, de verdade ela nunca parara para analisar se essa garota era mesmo bonita ou não para os seus conceitos de beleza só sabia que a garota estava sempre cercada pelos meninos, já tivera vários namorados e andava com as garotas populares, se ser assim não era ser bonita o que era?

Depois desse dia ela entendeu que ás vezes a vida nos mostra o errado para que saibamos o certo e lutou contra o sentimento de inferioridade que durante tanto tempo a dominou e por mais que ainda tenha as suas recaídas sabia que não era feia, estranha ou qualquer outro adjetivo constrangedor, nem aquela garota que escreveram o nome, nem qualquer outra garota ou garoto, são todos bonitos e incríveis a sua maneira e assim como ela descobriu isso espera que outros descubram também.

"Queria pedir pra você, bichinha amiga, pra não mandar áudio no whatsapp. Porque quando a gente abre o áudio, a van inteira sabe que a gente é afeminada também" BICHÉRRIMA, Bicha.

Tsc tsc, é tão curioso que esse medo de parecer- mais do que ser, efetivamente- afeminada é um fantasma que nem Hogwarts daria conta. Vivemos num limbo social que nos diz: não pode ser gay, mas se for, seja homem (que morte horrível, essa construção de gênero); Não pode ser puta, ninguém vai querer- porque as mulheres existem num cardápio à lá carte, única e exclusivamente para os homens, né?; Gorda(o)? Academia e batata doce pra ontem, amor. Não pode ser gorda(o); But... Let's face it: bebê, deixa as gay serem afeminadas ou putas ou gordas OU a síntese orgástica das três!

Não há qualquer problema com homens femininos, gays ou não- sim, é possível ser um homem feminino e hétero! O único e tosco problema que existe é o patriarcado institucionalizado que cindi, violenta e torna invisível qualquer existência que burle, destoe e/ou derrube os forninhos do manual de instrução que eles pensaram para sociedade. Desde a construção linguística ao objeto de desejo de outrem que eles ditam o que, como, quando e onde as coisas podem ou não serem feitas. Quando que elAs irão surgir nesse cenário vibes The Walking Dead para trazer Sense8 sambando no mundo?

Mulheres, gays , trans, travestis, lésbicas(caminhoneiras também, por favor!) e tudo o mais que houver de diverso nesse mundo, vamos fazer um acordo? Vamos fazer um acordo! Criemos uma força armada para desconstruir todas essas violências as quais somos submetidos(a) every single day. Tá bom? então tá bom.

Sendo assim, amiga afeminada, te digo: seja bem pintosa, lacre mesmo, seja bem viado, viado!

"Adoro ser viado, vamos ser viado pra sempreee!!"

Para começar a postar... Um texto com uma temática rara na minha escrita. Final Feliz.

E claro...para não assustar os leitores imediatamente!

Ela estava esperando o namorado.

Chorava.

Olhava o céu azul, o sol e sentia a brisa batendo em seu rosto molhado.

Chorava.

Ele entrou no terraço. Abraçou e beijou-a apaixonadamente.

- Te amo – disse ele.

- Te amo tanto... Mas tanto... – disse ela entre lágrimas.

- Você fez a carta? – perguntou ele.

- Fiz, deixei na cozinha e você?

- Também fiz, coloquei embaixo do travesseiro que minha mãe dormia, quando era viva.

- Esse acidente... – suspirou ela.

- Quem diria que a vida iria juntar o filho da vítima e a filha do considerado assassino. – ele riu ironicamente.

- Eu me pergunto isso todos os dias...

Ela estava de vestido, óculos escuros e sapatos All Star.

Ele estava de jeans, camisa preta e com uma mochila nas costas.

O sol ficava mais forte.

- Tenho medo... – ela falou deitada com a cabeça nas pernas dele.

- Não tenha medo de nada! Foram nossos pais que começaram isso tudo, eles não deveriam ter feito o que fizeram!

***

- Você não pode namorar ele! – gritou o pai.

- Você não tem o direito de mandar na minha vida e no meu coração! – gritou para o pai.

- Posso sim, sou seu pai!

- E um assassino também, matou a mãe do meu namorado!

E ela sentiu o peso da mão do pai no rosto. Chorando, subiu para o quarto do pai.

- Eu te odeio! – gritou para o pai, que subia as escadas atrás dela.

- Pode me odiar, mas você não vai namorar o filho do homem que me colocou na prisão por cinco anos! – disse o pai – E isso foi à gota d’água para o que quero fazer a muito tempo... Na próxima semana, vamos nos mudar de cidade.

Ela colocou a cabeça no travesseiro e chorou a noite toda.

***

- Nossos pais não entendem o que nós sentimos... – disse ele, tirando-a do devaneio.

- Nunca entenderam. O passado consome os dois.

- Nós não temos culpa do que aconteceu. – disse ele indignado.

- Por isso estamos aqui... Dança comigo uma ultima vez? – pediu ela levantando-se.

- Claro! Minha amada dama.

- Eu te amo! – ela disse abraçando-o.

- Também te amo. – ele disse passando a mão na cintura dela.

E dançaram.

***

Ele entrou em casa, o pai o esperava sentado na cozinha, como se ele tivesse feito algo muito errado.

- Você namorando aquela vadia! – afirmou o pai.

- Não a chame assim! – disse ele.

- O pai dela matou sua mãe! Por acaso você é um sádico? – questionou o pai indignado.

- O pai dela. Não foi ela!

- Dá no mesmo, filho de peixe...

- Pensei que você entenderia, pelo menos dessa vez! – disse ele com lágrimas nos olhos.

- Não entendo e nunca irei entender... A filha do assassino! – gritou o pai – Muitas meninas no mundo e logo ela!

Ele chorou.

E o pai saiu da cozinha.

- Estou decepcionado, – disse o pai no umbral da porta – irei te transferir de escola para vocês não terem mais contato.

***

A dança acabou.

Choravam.

- Nosso amor vai sobreviver? – perguntou ela abraçada a ele.

- Claro que vai.

- Você pegou o carro do seu pai? – perguntou ela curiosa.

- Sim, está estacionado lá embaixo.

- Vamos... Está na hora! – disse ela sorrindo.

Eles desceram.

Ela olhou para ele e sorriu.

Entraram no carro.

E saíram da cidade sem olhar para trás.

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Conto: The Way You Look Tonight

Conto: Guardei

"Quem é você, Alasca?" de John Green

Resenha: "No Mundo da Luna" de Carina Rissi

Conto: Monstro

Conto: O Espelho e o Sonho

Conto: Surpresa e compreensão

AFEMINADA, AFEMINADA, AFEMINADA!

Conto: Saideira